domingo, 16 de setembro de 2012

De porra nenhuma

Quando tinha 11 anos comecei a desenhar. Acreditava que um dia poderia desenhar as histórias dos meus heróis favoritos.  Eu realmente achava que um dia me tornaria editor-chefe da Marvel comics – ou  um grande roteirista e/ou desenhista daquelas histórias que tanto gostava. Secretamente, acreditava que um dia poderia me tornar um daqueles heróis. A vida real me parecia pacata e uma grande espera pelo dia em que conquistaria meu lugar ao sol.

Cresci fantasiando, criando e encontrando desvios dos percalços da realidade crua através dos produtos de minha imaginação. Quanto de realidade realmente cabe numa única perspectiva? Até onde a realidade comanda os sentidos? O mundo é ruim ou estou de mau humor?

A imaginação se transformou em filosofia de boteco e entretenimento de domingos e fim de noite.

“Você é tão inteligente!” - falta de reação. Sou? Será? Não sei. É verdade o que digo ou é só filosofia barata? Quanto de realidade perpassa um olhar até seu objeto de observação? Quanto de realidade existe na reciprocidade de um olhar? Seria o amor esquizofrenia a dois ou apenas palpitação causada pelas reações químicas da produção de hormônios em excesso de um organismo só?

O que é fruto do desejo torna-se realização imediata no contato com o que se deseja?

ARRGGHHH!!!

Filosofia em excesso. Falta de corpo. A vida pede mais. Não sei. Porra nenhuma!: minha resposta definitiva pra qualquer coisa.

cogito lameriano : não entendo, logo existo.


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